Confira a ata da última reunião da Diretoria de Esportes da ABCCMM e convidados

ATA DE REUNIÃO DA ABCCMM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DO CAVALO MANGALARGA MARCHADOR, REALIZADA NOS DIAS 12 E 13/04/2019, NA ‘FAZENDA CASTELO’ (AGRO MARIPÁ), NO MUNICÍPIO DE JAGUARIÚNA-SP.

Aos doze dias do mês de abril do ano de dois mil e dezenove, reuniram-se na Fazenda Castelo, situada no município de Jaguariúna-SP, diversos membros e pessoas relacionadas à ABCCMM – Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador. Às dezesseis horas e trinta minutos, o anfitrião – Sr. Marcelo Baptista de Oliveira – com a palavra, solicita a atenção de todos convidados para o encontro. Apresentou Ney Messi, presidente da ABET – Associação Brasileira de Equitação de Trabalho. Comentou sobre a intenção do ranking para a equitação de trabalho. Comentou que foi o idealizador da Cavalgada planilhada do Mangalarga Marchador e sobre a meta do evento da maior cavalgada do mundo registrada pelo Guinness. Agradeceu pela presença de todos. Comentou sobre o papel do Sr. Júlio Notthingham,que será o gerente de esporte com dedicação total em sua função na ABCCMM. Passou a palavra aos participantes, reforçando a todos que contribuíssem com críticas e sugestões.

A seguir, descreve-se a contribuição de cada participante:

Bárbara Klein
Agradeceu. Comentou que está na raça há 15 anos, sempre em prol do cavalo, em benefício do cavalo, pensando no cavalo em primeiro lugar. No esporte, vê a saída para uma equitação melhor.
É professora de equitação mas comentou que é ‘seduzida’ pelo esporte.
Comentou que há um problema grande na comunicação dos competidores, por conta do regulamento, que contém brechas para as pessoas reclamarem de várias coisas. Não sabe informar se estas reclamações chegam aos diretores.

Sérgio Coutinho
Criador há 38 anos em Juiz de Fora-MG. Participa das provas funcionais há muitos anos. Acompanha o esporte há muitos anos.
Comentou que vê uma situação caótica. Associação nunca deu valor ao esporte, como dá à pista.
Gostaria da sensibilização à oportunidade que estamos tendo. Enalteceu o compromisso do Sr. Marcelo, na realização com “exímio acerto”. “Nossa chance, agora, é enorme!”.
Citou a valorização aos Jovens, filhos, amigos dos filhos. A todos que estiveram nas provas, deve-se dar continuidade. Em Juiz de Fora há muitos casos de filhos que participaram das cavalgadas, mas não deram sequência. A raça perde a criança. O pouco que tem, não é valorizado.
Comentou sobre a premiação em dinheiro: polêmica. “O que funciona é o dinheiro”. Enalteceu a polêmica, mas insistiu que é o que funciona. “Só homenagem não funciona”.
Comentou que no Mangalarga Marchador há necessidade de treinamento contínuo.
Respeito aos patrocinadores: muitas provas falham por conta de problemas com esse tema. Os patrocinadores devem ser valorizados.
Horário das provas, respeito ao público; só há “prova boa” se tiver público. A família deve estar presente, e só estará presente em horário nobre. Deve haver profissionalismo.
Comentou que poderia citar outros pontos, mas que ficarão para outras oportunidades.

Ricardo Bacelar
Vivenciou em 2005 e 2006 o “Caminhos Gerais” Caminho de melhoria contínua. Não gosta de prova de velocidade, não tem identificação com a raça. “É papelão, é feio de assistir”. A vantagem: simples de organizar e o leigo entende. Equitação escalonada é o que mais promove subida de nível do cavaleiro, cria ideia de formação do cavalo e do cavaleiro, respeitando o tempo para desenvolver-se.

João Varella
Muriaé-MG. Desde pequeno faz competições do Mangalarga Marchador, sempre no esporte. Há 05 anos começou a participar de cavalo de marcha (citou o pai). Sempre viu no Mangalarga Marchador a questão funcional. É um cavalo completo. Não vai ser o melhor velocista ou saltador, mas “fez prova de 1,1m dentro da gameleira”, ganhando várias provas.
Fez laço de bezerro. Cavalo “sabe laçar”.
Jovem quer adrenalina!
Organização: citou necessidade de prova bem montada, citando exemplos de problemas: cal debaixo do recuo, baliza torta, salto baixinho sem funcionalidade, prova de velocidade com porteira. “Porteira não é para prova de velocidade”. Faltam tratativas entre competidores e diretoria (não tem ninguém para negociar estes termos). Citou a necessidade de tirar o problema do esporte.
Comentou que o regulamento era horrível, e da existência de vários regulamentos (“nenhum funciona direito”).
Citou “brecha dos competidores”, tentando “ganhar no grito”.
Enalteceu a necessidade de “ter alguém para fazer comunicação entre competidor e diretoria”.

Natalício Vambommel
Associação Sul (SC, PR, RS). Está no núcleo há 08 anos.
Comentou da Raça crioula.
Citou a necessidade de exposições em provas de marcha no Sul.
Citou a necessidade de trazer questões mais familiares no núcleo. “Cadê a mulher, os filhos, a família?”.
Enalteceu esta necessidade, pois há falta da família nos eventos.
Comentou que o jovem aprecia prova com adrenalina.

Marlus Castro
Zona da Mata (MG). Criador de Mangalarga Marchador desde início dos anos 90. Opção pelo cavalo de marcha se deu por um grande amigo, que mostrou que o Mangalarga Marchador tem muito mais recurso.
Tornou-se um entusiasta da raça. Presidente do núcleo em Juiz de Fora. Realizou diversas provas, 05 etapas Caminhos do marchador, circuitos de provas esportivas.
Comentou sobre o percentual de Mangalarga Marchador apto/capaz para pista, que é muito pequeno.
Citou que hoje não é visto buscas para o mercado consumidor.
Comentou da existência de uma prova de campo e de provas de pista que não trazem grande público.
Comentou que Sul Capichaba e Nordeste poderiam ingressar com Mangalarga Marchador e da necessidade em se pensar em mercado para o mesmo.

Monique Franco
Competidora dos esportes. Organiza provas junto com Humberto. Quando Marcelo entrou, citou que “precisava da ajuda de muitos”.
Comentou de que o esporte é uma saída muito boa, pois o cavalo é valorizado “20 vezes mais”.
Tecnicamente, sobre as provas: precisamos fazer o básico (o “arroz com feijão’). “Futebol sem técnico vira pelada”. Precisamos começar pelo básico para alcançar coisas mais complexas.
Comentou da gravidade dos competidores tendo que ajudar na organização.
Comentou sobre os técnicos de registro não conhecerem regulamento, perguntando ao competidor “se está certo ou errado”. Comentou a necessidade de se ter pessoas “designadas” ao esporte.
Citou a necessidade de juízes capacitados e específicos por região, para tipos diferentes, como equitação de trabalho, provas esportivas, etc. Os juízes são sempre os mesmos (citou o Robertinho como exemplo).
Ter juízes especializados e opções para as diversas localidades. Comentou do problema onde juízes têm que bancar custos para ir às provas.
Comentou que não deve-se designar pessoas não qualificadas para trabalhar na prova.
Regulamento: comentou que foi retirado o chicote mas não a espora. Citou que as ferramentas devem ser utilizadas da forma correta e da necessidade de ensinar as pessoas as usarem-nas. Tiraram gamarra, porque ‘perde a naturalidade de cavalo’, mas precisa-se de embasamento científico para tal decisão.
Juízes na pista precisam auxiliar os competidores, pois estes não podem trabalhar na pista.
Muitas vezes os competidores são punidos indevidamente, por estarem ajudando na organização. A exemplo, citou competidor carregando tambores, ao mesmo tempo que sua camisa ficou para fora da calça e recebeu penalidade.
Comentou de que esse ‘arroz com feijão’ precisa ser acertado, pois tudo isso tem uma dimensão grande.
Citou caso com o Fabrício, onde a porteira caiu e juiz apontou que ele a derrubou.
Citou que as provas deveriam ser filmadas em tempo integral, acrescentando o exemplo da prova de Montes Claros (“mundos diferentes, por conta de técnicos mais experientes”).
Comentou que chegou a rodar 1.600km para levar cavalo para prova.
Sugere critérios para fomento do ranking, pois hoje pontua-se por provas. Ganha-se porque se fez mais provas, e não ‘porque realmente ganhou’. Nem todos participantes possuem condição financeira para participar de todas as provas. Citou que formato “D” da categoria deveria ser premiada também.
Comentou que “95%” dos competidores são os próprios criadores dos cavalos, e de que há falta reconhecimento ao competidor.
Citou que a competição nacional deve ser valorizada. Sugeriu pontuar cada estado, e que cada um destes tenha ranking para ‘somar’ na Nacional. Comentou que temos que dar apoio a todas as pessoas, pois não podemos perde-las. Causa-se constrangimento e desânimo por conta dos problemas.

César Teixeira
Região Nordeste. Começou a montar aos 45 anos de idade, não tinha muita familiaridade. “Cavaleiro que não entendia de cavalos”. Precisava entender, mas tinha conhecimento escasso. Começou a buscar o aprendizado e a cultura. Nos 03 primeiros anos de montaria, descobriu um projeto com etapas regionais (Caminhos Gerais), e citou que animais tinham direito a disputar Sela de Ouro.
Tem muito carinho pelo projeto Caminhos do Marchador, que tinha objetivo social, integração das pessoas, seleção de animais, disputa integrando competidores de todo o Brasil. Caminhos do marchador ganhou uma natureza mais esportiva.
Se estamos buscando renovação da forma de utilização do uso esportivo do Mangalarga Marchador, este projeto pode contribuir muito para esta nova fase onde se pretende uma nova roupagem mais técnica das provas, preparação dos cavaleiros e desenvolvimento.
Acha arriscado fazer transformações sem discutir os objetivos deste projeto, quais são suas características originais, o que ele pode representar nesta nova etapa do esporte e da associação. “Não afastemos as pessoas que podem enxergar um aperfeiçoamento técnico do cavalo, pois nem todos podem perceber isso. Não podemos perder o que foi construído até agora.”
Citou que as pessoas acham que provas de velocidade não são muito adequadas, mas são porta de entrada para atração ao tema. Existe uma massa crítica dentro da raça, que são muito abaixo da maioria.
Comentou da necessidade de árbitros mais capacitados.
Comentou do regulamento com problemas (falta de entendimento e de disponibilização do mesmo).
Provas sem regulamento (pessoas sem regulamento em mãos). Citou a necessidade de pessoas mais capacitadas.
Citou a imagem do uso dos cavalos na sociedade e imagem errada na mídia. Uso do chicote e espora nas provas, onde existe na sociedade uma visão equivocada (interpretação errada).

José Luís Leiros
Região Nordeste.
Citou que o regulamento deve ser cumprido, no Caminhos do marchador e provas esportivas.
Comentou que veio da vaquejada e não aprendeu o que era equitação. Em 2017 tomou coragem e levou as provas para a competição nacional. Em 2018 estavam, na Nacional, disputava as provas para aprender e conhecer.
Regulamento. Se tivermos um regulamento que funcione, as coisas funcionarão melhor. As pessoas não conhecem o regulamento. Precisa-se rever o regulamento e levar ao conhecimento das pessoas.
Comentou a necessidade de atualizar e valorizar os técnicos. Precisa de técnicos nos Estados, para ‘dar conta’ das provas.

Citou que é um entusiasta da Caminhos do Marchador. Visualiza que ‘evoluiu muito’, cavalos tem outra qualidade de marcha, temos um cavalo flexível.
Comentou da necessidade de se ter provas de equitação para aprender mais, prova de esporte para ganhar mercado. Peão quer ir no Mangalarga Marchador e não no quarto de milha.
Ressaltou a flexibilidade do Mangalarga Marchador, enquanto qualidade da raça.
Comentou que Caminhos do Marchador foi precursora de fomento e que a disputa de medalhas fomenta o meio.
Reforçou a questão do regulamento. Competidor não pode ficar gritando do lado de fora (“está errado, está certo”).
Tem visto diminuição nas pessoas; não se pode criar confusão entre as pessoas, pois elas fazem acontecer.
Comentou do ranking. No Nordeste terão 10 etapas (só conseguiu participar de 3). O ranking precisa ser revisto, tem competidor pensando que ganhou, que “ganhou 1000 pontos”, mas não está funcionando.
Precisa ser disputado na etapa nacional. Comentou de competidores utilizando de 02 animais.
Citou que o esporte é fomentador da raça, e leva prazer à pessoa.
Comentou da necessidade de levar-se a família para as competições.

Fernando Mello Vianna
Comentou da satisfação em ver as pessoas interessadas pelo esporte. Citou que fez curso com Ney Messi.
Citou a questão da espora: Citou a visão equivocada da sociedade e comentou do caso onde teve dificuldade de passar no aeroporto por conta da mesma, onde teve que dar aula ao funcionário do aeroporto.
Comentou sobre os jovens: começam pelo esporte.
Meninos precisam de adrenalina para adentrar no esporte, meninas nem tanto (citou prova de amazonas).
Dificuldade: para velocidade também se precisa de técnica.
Unir a velocidade com a parte técnica sempre foi um desafio. Na equitação de trabalho viu essa união.
Comentou de prova de maneabilidade e prova de velocidade, onde ganha-se na média.
Comentou que a equitação de trabalho é uma grande opção para criar técnica e estímulo para as crianças.
Parabenizou Marcelo, enaltecendo a confiança no mesmo e de que a partir de então, criou confiança para participar dos encontros.

Paulo Guilhon
Mestre, professor de equitação de trabalho. Autor de livros do tema. Participou de curso de reciclagem na arbitragem. Tem feito contribuições desde o ano de 1984. Sempre atendeu a todas as raças, pois precisa contribuir para todas. Sua função é mais consciente assumindo essas diretrizes. Em 2005 veio para SP e passou por treinamento para árbitro. Há 10 anos está fora das funções de arbitragem da equitação de trabalho.
Comentou do aprendizado decorrente do convívio com outras raças. Devemos visitar todas as “ilhas”.
Visualiza no Mangalarga Marchador um grande legado da equitação de trabalho: popularização. Equitação acadêmica (preparação dos cavalos para a guerra) – imprevisto total – preparação para tudo. Se seguirmos sugestões e padrões internacionais, faremos grande revolução na relação homem/cavalo.
Espora e vara são ajudas propulsoras (devem atuar como sinalizadores). Montar sem espora e vara, é “montar pelado”. Deve-se fazer um trabalho educativo, pois não se pode excluir essas ferramentas extraordinárias. Quanto à gamarra, ‘quem usa é o cavalo’. Recurso artificial nocivo. Promove ação prejudicial ao cavalo, e faz com que montador procure técnica não adequada. Cavalo profissional alcança qualquer nível de desempenho sem necessidade de usar gamarra. Citou Pedro Torres, porteira em alta velocidade e requinte técnico. Comentou da necessidade de se aprender a usar espora e vara com primor.
Enalteceu Marcelo e seu convite a esse aprendizado. “Todos somos aprendizes, mestre e professor é o cavalo!”

Marco Santarosa (Brasília/DF)
Comentou de que Brasília tem uma associação recém criada, e de que o Ney Messi vem prestando assessoria.
Citou a importância do esporte em exposição anual.
Comentou de que há adrenalina na equitação de trabalho, mas não tem opinião formada sobre ela fazer parte do Caminhos do Marchador.
Prestou homenagem ao Caminhos Gerais (mostrou boné) e ao Caminhos do marchador, pois promoviam a união dos criadores, situação que não acontece no momento.
Citou a Missão Cruz e incentivou. “Espetáculo”.
Caminhos Gerais: fomentava e fazia amigos. Pessoas entravam no evento por conta de amigos. Não haviam brigas, confusões. No fim, terminavam amigos. Citou diferenças básicas entre Caminhos Gerais e Caminhos do marchador.
Formato básico: etapas regionais (classificados ou não, pontuados). Havia motivação, cavalo era visto, imprensa cobria. Caminhos do marchador virou ‘rodeio’ do Marchador. Acabou deslocamento. Questão logística (gasta-se muito com outras coisas).
Para se sair de Brasília, precisa-se “curtir o evento”.
Citou que o formato de ranking atual não atrai o Brasil. É interessante para quem está próximo ao ‘centro’, corre-se ‘aqui e ali’, soma-se pontos e leva-se à Nacional. Caminhos do marchador “não é caminho, é MG, Interior e SP”. Citou a necessidade de resgatar o Caminhos do marchador para o Brasil.

Luciano Pessoa
Citou a necessidade de rigor no planejamento nas provas.
Comentou sobre a cronometragem, onde chega-se ao final da prova e a cronometragem não foi feita.
Criticou a cronometragem realizada através de telefone celular, ao invés de cronômetro profissional.
Citou a necessidade de melhor formação de árbitros (“imprescindível”).
Comentou sobre o custeio do frete dos animais. Frete subsidiado faz diferença!
Citou a necessidade de revisão do formato no Caminhos do Marchador. Há oportunidades de melhoria. Citou etapa do Barra do Piraí (ocasião onde ocorreu um temporal). Caminhos do Marchador tem etapa ecológica. Árbitros fazem montagem em cenários diferentes e há subjetividade. Citou exemplo: “pegou meu animal depois de 10km, na marcha batida, no meio pedregulhos, …”. Situações diferentes e tempos diferentes levam à subjetividade.
Defende marcha com pontuação diferenciada. No Caminhos do Marchador deve-se manter peso maior na marcha.
Citou o problema de pistas inviáveis em provas do Caminhos do Marchador (falta de segurança). Vários acidentes. Pista tem que ter uma qualidade mínima. Citou que um acidente recente de colega reforçou o assunto.
Comentou da obrigatoriedade do capacete (exigência). Sugeriu dispor de 02 ou 03 capacetes nas provas, para quem não o levar.
Citou a necessidade de suporte médico nas provas e plano de contingência (exemplos: hospitais, distâncias, médico de plantão, posto médico, enfermeiros, tempo para chegar, ambulância, caminhonete à disposição, etc.). Enalteceu a necessidade de se ter condições mínimas para suportar emergências, e citou que deve-se fiscalizar.
Comentou dos problemas com competidores carregando tambor.
Citou importância nas provas de marcha nas exposições especializadas. Citou caso onde diretor do núcleo não conseguiu colocar prova esportiva dentro de prova de marcha em Natal-RN. Receberam convite para ‘encaixar’ a prova em horário ao final (noite). Citou a necessidade do horário nobre (“leigo olha e entende”). Horário nobre dá destaque.
Sobre as premiações, comentou da necessidade de “ter dinheiro”.

Comentou da necessidade de profissionalizar mais as iniciativas e da definição do que “queremos ser, o que o esporte quer ser”. Necessidade de traçar um plano, uma visão, com objetivo de curto, médio e longo prazo. Exemplo: ‘neste ano, vamos colocar 60 conjuntos disputando as provas…..” (objetivo de curto prazo). Em 2021, o que queremos?
Citou a necessidade de definição de meta e forma de reconhecimento (exemplo: apoio no frete).
Precisa-se colocar marca no esporte. Exemplo: promoção de animais de esporte; leilão.
Comentou da necessidade de plano de mídia e promoção do esporte (planejamento deste tema).
Promoção de ciclo de evento de promoção do esporte.

Walfredo Borborema
Região Nordeste. Em sua região, citou a necessidade de 01 prova por mês, e comentou da alegria das pessoas (“lugares de 10mil pessoas”).
Deveríamos fazer as provas em pistas com condições boas. Tem prova esportiva em pista de pedra, água e lama.
Citou a necessidade de união para financiar as competições: não adianta esperar só da associação. Empresários devem unir-se.

Waldemar Pellegrino
Comentou: o esporte é renegado pela série de problemas ao núcleo. Problemas de custo, logística, segurança. Quando mexe-se com situação insegura, aumenta-se o custo.
Citou a necessidade de segurança: ambulância, plano de contingência, regulamento, capacete, resgate.
“Quando trazemos o esporte para perto, não temos nada de subjetividade: tempo, tração, trajeto. Criançada gosta.”
Comentou o espaço do grande e do pequeno criador. O esporte traz o usuário. Trazendo usuário, traz-se o proprietário de um só cavalo.
Grande trunfo do esporte: aumentar o uso do esporte e fomento do cavalo.
Visão importante: mercado. Temos campo de crescimento de mercado, escoamento. Quando se faz uma excelente prova esportiva, os telefones destes usuários e esportistas não param de tocar. São os proprietários, os filhos dos proprietários. Citou necessidade de a família participar.
Núcleo regional: não faz parte esportiva pois não vê benefício. Temos que revisar o ranking de pontuação para que haja investimento no esporte.

Camila Roncoleta
Diretora de esportes do Grupo Bandeirantes.
Amante da equitação de trabalho. Participou de enduro em 2017. Fez equitação de trabalho, citou medo de montar em cavalo com pânico de pista.
Citou “terra sem lei”: não há comando nenhum. Muitas reclamações e intrigas.
Comentou da necessidade de organização, padronização de obstáculos (“tem porteira de 3m, tem porteira de canil. Tem lugar que a baliza cai com sopro”.
Sugeriu a disponibilização de fotocélula para os núcleos.
Citou a necessidade de respeito aos horários e regulamento.
Citou a necessidade de melhor preparo dos árbitros.
Comentou da montagem da pista, onde deve-se ter muito cuidado. Há situações perigosas, principalmente para crianças. Citou competidores auxiliando na montagem da pista.
Citou filmagem das passadas.
Fomento: premiações. Se não tiver, todos vão para o quarto de milha. Melhorar organização traz competidor.
Sugeriu criar categoria para animal iniciante.
Citou caso das competidoras mulheres e situação onde só havia ela, sem adversárias, onde não criou-se categoria e não pontuou.
Sobre o ranking: entende que está uma “bagunça” e de que é injusto. “Quem tem 02 cavalos vai ter vantagem”. Sugere pontuar o conjunto. Selecionar como na marcha (sete primeiros resultados para pontuar).
Prova da etapa nacional ter ‘peso 2’. Desta forma o competidor participa com mais vontade.
Citou o ranking dos núcleos (fomentar). Prova social de amazonas e maior visibilidade para outras provas.
Pouca pontuação para núcleos.
Visibilidade: prova de 03 tambores antes do grande. Prova de Equoterapia. Mostrar o que o Mangalarga Marchador faz na velocidade.
Comentou sobre o enduro: esporte ‘bacana. Pensar nele’.
Citou a necessidade de atualização das provas em tempo real. Se a prova aconteceu na semana, no final de semana já deve estar atualizado o site.

Eduardo Pacheco
Entende que as provas com o Mangalarga Marchador não dão retorno a quem quer cavalo bem adestrado.
Comentou que o esporte jamais será a prioridade.
Citou que em todas as provas equestres do mundo,o que vale é o conjunto, mas na prova de marcha do Mangalarga Marchador não é assim. Devemos valorizar o cavaleiro, e não apenas o cavalo.
Comentou sobre o respeito: fala-se o criador, o proprietário, o nome do cavalo, e não cita o cavaleiro. “Quem está na pista é só peão?” Tem o adestrador, o apresentador. Citar os nomes! É o
mínimo. Na raça valoriza-se o cavalo.
Citou que o filho ‘nasceu no Mangalarga Marchador’, mas não voltará. Na quarto de milha tem-se coisas que não tem no Mangalarga Marchador: dinheiro, reconhecimento (ranking). Sem dinheiro não tem fomento. Porque o filho não quer saber do Mangalarga Marchador? Na última prova (quarto de milha) voltou com R$ 75mil. Citou as inscrições (“R$ 3mil”), onde o valor é somado e distribuído. Em provas medianas, inclusive. Na quarto de milha a associação contribui.
Criticou os critérios do ranking.
Citou que na prova de tambor na quarto de milha, o primeiro prêmio é de R$ 50mil. Entra-se no marchador, mas sai. “Meninada” não fica. Não é possível competir com o quarto de milha.
Sugere provas adaptadas para a equitação de trabalho, mas não é a favor de copiar nenhum modelo de prova.
Comentou sobre a cavalgada planilhada: se colocar a equitação de trabalho na mesma, como obrigatório, essa será uma porta de entrada (obrigatoriedade de fazer). Para poder chamar, tem que ter dinheiro.
Comentou: “nosso cavalo não é especialista em nada, mas faz de tudo um pouco. Melhor cavalo de cela do mundo (marcha).”
Citou: “quantos potros machos nascem por ano na associação? O que fazer com eles? Teremos que começar a ‘capá-los. Não dá para fazer garanhão com todos. Não dá para fazer ‘cavalo mais ou menos’ como garanhão. Há um retrocesso da raça. O perfil do cavalo deve ser bonito, manso. Para que querer um cavalo de velocidade?”

Jonas Oliveira
Citou que tivemos várias reclamações: equitação de trabalho, enduro, etc. Comentou que o diretor anterior não foi eficiente. Não assumiu as responsabilidades que deveria ter em algumas etapas e provas.
Citou que a gestão é feita por um grupo e que o trabalho deve ser revisto. Comentou que todas as liberdades foram dadas para o crescimento do esporte. Premiação (em que pese não ter volume). Mudança do regulamento (todos
regulamentos foram feitos pelos próprios competidores).
Provas de equitação de trabalho. Citou que em 2017 precisava-se espaço na equitação de trabalho, ajuda.
Dinheiro: citou a necessidade, visualizando algumas raças (citou quarto de milha). “R$ 50 ou R$ 100 não paga nada! Usuário paga R$ 60 por ano”. Usuário tem que criar cavalo, ir para a cavalgada, levar a família.
Temos que fomentar o mercado. Quando aprende-se a montar o cavalo na cavalgada, o usuário interessase pelo esporte (por conta do prazer).
Citou a necessidade de fomentar o cavalo, levar a família. Criação de mercado. “Temos cavalo sobrando no país, mas não criou-se uma cultura.”
Comentou que as várias alterações do regulamento foram realizadas a pedido dos competidores.
Curso de equitação: citou que pessoas não sabem montar o cavalo (comentou dos acidentes em provas de enduro). Fez analogia com carro e avião (tem que aprender, fazer aula). “Temos que mudar a metodologia dos cursos, pela quantidade de horas (e não por dias). Tem que ser fiscalizado (curso onde o instrutor chega 10h ou 11h da manhã e termina cedo). Tem que investir em capacitação, com ênfase no curso de equitação.”

Tadeu Domingues
Citou que o regulamento deve ser cumprido, e também ajustado. Citou a questão dos obstáculos fixos, onde o cavaleiro não pode sequer tocar no obstáculo.
Comentou de que os árbitros devem dominar o regulamento (“ter em mente”).

Fabrício Borges
Comentou que a Grande Belo Horizonte foi muito prejudicada com provas neste ano. Com isso, perdeu-se companheiros (houve um desânimo).
Contestou o papel dos árbitros e citou a precariedade dos obstáculos. Citou problemas com pistas, competidor manuseando tambor (tambor escrito “lixo”), necessidade de cortar cano para fazer baliza.
Comentou da falta de provas para a sua região.

José Marcos Reis
Leopoldina (Zona da Mata – MG).
Data para as provas: tem que ser muito bem feito. Planejamento bem feito faz baratear o custo. Sugeriu uma setorização (calendário por regional).
Regulamento: competidor não conhece o regulamento. Competidor tem “preguiça” de conhecer o regulamento. Regulamento deve ser mais simples.
Arbitragem: formação deve ser muito bem feita, “falarem a mesma língua”.
Medições das provas, equipamentos: problemas com cronometragem com celular, ao invés de cronômetro.
Cavalgada planilhada: é a favor de liberar o GPS. Pessoal mal intencionado sai sem GPS mas “deixa um funcionário na esquina com o equipamento”.
Padronização das pistas: mesmo tipo de pista, para aferição dentro do padrão.
Estrutura de emergência: comentou de competidor que caiu e teve fratura exposta. Tem que ter aparato médico.
EPI: capacete (tem que ter!). Citou prova em Caxambu, onde cavalo caiu em buraco e a situação só não foi pior porque o capacete protegeu o cavaleiro (ferradura ficou marcada no seu capacete).

Rodrigo Pivari
Juiz de Fora-MG.
Comentou que possui sugestões pontuais para engrandecer raça.
A Associação deve adotar papel mais relevante na organização dos eventos, sem ficar à mercê dos núcleos. Todos eventos oficiais devem ter o mesmo padrão de qualidade.
Citou que um campeonato a nível nacional deveria ter o campeão na final, com provas regionais seletivas para esta final. Exemplo: Juiz de Fora com etapas seletivas, onde adquire-se pontuação na região; RJ: idem. Na final sai o campeão. Formato de pontos corridos não é adequado. Sugeriu prova de repescagem, para tentativa de ir à final.

Gabriel Moraes
Ranking: tem gerado muita confusão. Ideia: regionalizar o ranking. Comentou da quantidade de provas no sul do RJ, como a copa Rio Sul. Fazer o campeão disputar a final.
Sugeriu 03 provas por região para pontuar para o Ranking. “Se não conseguiu classificação na prova de sua região, pode buscar prova de outra região.”
Sobre a Caminhos do marchador: conversou com árbitro, e visualizou que na avaliação do domingo, na somatória, tem surgido diferenças grandes de animais. Árbitro passou a dificuldade: avaliação por categoria. “Falamse que não é comparativo, mas é.” Citou: “no domingo monta-se por ordem de colete”.
Sugeriu que fosse montado na avaliação do domingo, por categoria.
Custos da Caminhos do marchador: muito alto. Citou que a associação conseguiu reduzir um pouco, fez corte de despesas.
Citou que fez o ‘caminho contrário’ (do quarto de milha para o Mangalarga Marchador). Citou a melhora do animal e da tropa do Caminhos do Marchador.
Entende que as ‘coisas’ devem se alinhar. Não se pode tirar dinheiro do bolso para fazer provas, há prejuízos ao montador.
Sugeriu reduzir o número de provas para fazer provas com melhor qualidade.

Roberto Naves
Associação ao Mangalarga Marchador teve origem no esporte, e comentou sobre sua trajetória e atuação como juiz. Citou as dificuldades em fazer o esporte no Mangalarga Marchador. “As pessoas que escolhem o Mangalarga Marchador, escolhem em função do diferencial: a marcha”.
Comentou que já começa-se no negativo, ‘remando contra a corrente’. Comentou prova da última semana: muitos ‘quebra galhos’. Citou os pedidos aos árbitros: “A prova já está finalizando, quebra o galho aí!” (horário de contratação). Comentou da dificuldade do juiz e fez analogia com empresa (“quem quebra galho, quebra”).
Enalteceu a condição de profissional como juiz. Sua profissão permite decidir no imediatismo. Citou competidor gritando, querendo ‘ganhar no grito’ (desrespeito).
Sugeriu pensar-se no profissionalismo do esporte. Há muito amadorismo neste esporte (enalteceu o “quebra galho”).
Contestou a política de pagamento para os juízes e a tabela de diárias.
Citou que precisa-se melhorar a formação do juiz.
Citou o trabalho do último final de semana. Proposta: sexta, sábado e domingo. Paga-se meia diária na sexta, e diária inteira no sábado e domingo. Comentou que não tinha cal, teve que pegar enxada para fazer o risco no solo da prova, para possibilitar a demarcação na mesma. “Onde está o organizador?”
Carregou tambor, etc.
Reforçou a necessidade de visualizar-se o ‘outro lado’. Reconheceu que há custos, mas reforçou a necessidade. Comentou pela remuneração justa.
Comentou do rateio entre 20 a 30 pessoas, para pagar 01 profissional.
Resumiu seu ponto de vista: necessidade de profissionalismo!

Carlos Augusto Sacchi
Comentou que está atuando na área técnica da associação. Sua área é a ENA – Escola Nacional de Árbitros. Temos um quadro de 24 árbitros para atuar. Citou seu histórico na Hípica Paulista – hipismo clássico.
Preocupação: equitação do Mangalarga Marchador.
Defende a equitação de trabalho como meio para promover a raça. Julgamento de marcha e morfologia é muito pouco para a raça.
Citou que hoje é muito melhor que há 30 anos.
Não pode-se viver de uma raça onde existe “égua de R$ 1milhão” e não há mais nada.
Sugeriu a criação de uma ‘clínica para árbitros’.
Citou os 35 mil nascimentos em 2018. Marcha e morfologia estão bem. Seu foco está na equitação. Citou gambiarras equestres: ‘obriga-se’ o cavalo a trabalhar com a frente alta. Almeja mais para a equitação de trabalho. Formamos um cavalo muito bom, inteligente, mas a ‘mexida’ é que tem que melhorar (equitação de trabalho mais benéfica).

Ney Messi
Último a falar no dia 12/04 – Sexta-feira, sua
narrativa foi relativamente diferente dos
demais, citando próximos passos do encontro e
outros tópicos. Seguem abaixo:
Presidente da Associação Brasileira de Equitação de Trabalho Citou a necessidade de trazer a equitação de trabalho para o Mangalarga Marchador.
Comentou que a equitação do trabalho não é dos lusitanos (é um mito).
Citou trajes no regulamento.
Comentou dos trabalhos a serem feitos no dia seguinte e do vídeo.
Comentou o treinamento do Robertinho, Bárbara, Monique e também Júlio: Juízes de Equitação do Trabalho – Mangalarga Marchador. Citou a questão da padronização nas provas.
Comentou diversos detalhes do vídeo gravado durante o dia, com uma prova realizada.
Comentou que nas pistas a disposição dos obstáculos pode ser mudada, etc.
Adiantou sobre o formato da súmula. Em um só papel, julga-se 03 fases da competição completa.

Sendo Ney Messi o último a falar neste dia, às vinte e uma horas encerrou-se a reunião, onde Sr. Marcelo
Baptista agradeceu a todos, fazendo convite para o evento social que iniciaria-se a partir de então.
No dia 13/04/2019 (Sábado), o evento reiniciou-se com a tratativa de diversos temas, onde tivemos a palavra de mais um participante:

Humberto Pupio
(Único participante que teve a palavra neste dia seguinte, em complemento à reunião do dia anterior)
Como organizador, queixa-se de poucos participantes em sua região. Fez críticas sobre erros amadores que ocasionam perda de participantes. Anseia por apoio da Associação.
Está promovendo prova de excelência. Evita fazer prova de esporte juntamente com evento de exposição.
Sugere que as premiações sejam realizadas para “os melhores por categoria”.
Marcelo ressaltou a importância de ter locais apropriados, mencionando fazendas adequadas para promoção dos eventos. Comprometeu-se a discutir pessoalmente com os associados todos os assuntos abordados e trabalhar duro para entregar um esporte digno da nossa raça.
Sendo os assuntos supracitados componentes do total de informações abordadas em reunião, encerramos esta ata.