A maturidade fisiológica como referência para a intensidade de treinamento de cavalos de esporte.

 

A base deste artigo foi uma série de conversas que tive com nossa amiga e ex-aluna Barbara Klein, que na época estava fazendo um mestrado em zootecnia e equinocultura.
Sua dissertação visava sobre o ajuste de selas em cavalos da raça Mangalarga Marchador, e nesta ocasião ela me solicitou “referências científicas sobre o início da maturidade fisiológica dos potros”. Segundo ela, alguns criadores, proprietários e treinadores de cavalos questionavam a idade em que os animais estariam desenvolvidos o bastante para o trabalho montado. Sabemos que a montaria precoce de potros, às vezes até mesmo aos dois anos de idade, tem sido uma tendência em alguns grupos ligados à raça. Lembro-me de ter ficado bastante irritada com isso, já que acredito que todas as pessoas de alguma maneira envolvidas com cavalos sabem (ou deveriam saber…) que a maturidade dos equinos acontece aos cinco anos. Antes disso eles são
POTROS, podendo até ser domados e treinados, mas respeitando sua condição de imaturidade emocional e fisiológica. O texto a seguir é produto desta argumentação, em torno da ideia central de que “não deveria ser necessária referência científica para um fato biológico que é de conhecimento das pessoas do cavalo”. (CSL)
Neste artigo, eu gostaria de apresentar algumas considerações sobre a maturidade dos cavalos em geral. Em seguida, vamos falar dos cavalos de corrida, onde os parâmetros são um pouco diferentes. Algumas destas ideias são minhas, fruto de vivência, leituras e aprendizado junto aos mestres. Para pesquisa e corroboração, há muitas fontes. Aos interessados, sugiro que comecem pelos materiais de divulgação do ISES, o Instituto de
Ciência da Equitação. Também a FN, a Federação Equestre Alemã, tem excelentes materiais didáticos, não apenas em alemão, mas também em inglês.

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